António Rosa

Foto do Autor

Poeta contemporâneo, é assim que é designado António Ramos Rosa, sendo um dos poetas mais conceituados do panorama não só nacional, como internacional. Autor de inúmeras obras, contém um vasto número de prémios e títulos ganhos, bem como já foi apontando algumas vezes para vencedor do prémio Nobel da Literatura. Nascido em 1924 no dia 17 de Outubro em Faro, para além de poeta, também é conhecido por ser desenhador. Não tendo um curso de especialização, nem sequer tendo o nível secundário em termos de habilitações literárias, fazem de António Ramos Rosa um predestinado da área da literatura, onde cedo despertou o interesse na literatura não só nacional, mas também internacional, dando especial preferência para poemas e mais tarde na escrita dos mesmos. Problemas de saúde, bem como alguns problemas de teor psicológico marcaram a adolescência e os seus primeiros anos como escritor, confesso apaixonado por Fernando Pessoa e da poesia de José Régio, já durante a juventude escreveu diversos poemas, poemas esses que acabaram por ser queimados por ele próprio, numa altura em que era notária uma descrença em relação a si mesmo por parte de António Ramos Rosa.
                 
Em 1947, depois de mudanças de habitação entre Lisboa e Faro, instala-se definitivamente na capital portuguesa, leccionando algumas línguas, nomeadamente inglês e francês, para além de português, conjugando também com uma carreira de tradutor para uma editora. Por esta altura, o interesse na literatura vai aumentado, levando-o assim a relacionar-se com alguns escritores e começa também a colaborar em alguns jornais, bem com também para algumas revistas, não só sobre literatura generalizada, mas também destacando o papel da poesia e do poeta no mundo. Com o desenrolar dos anos, o seu papel na literatura portuguesa tomou outros conformes, tendo-se dedicado praticamente a 100% a esta causa. Muitas obras, livros ou até mesmo artigos foram escritos por este poeta muito reconhecido, em 1958 publica no jornal A voz de Loulé, os poemas “Os dias, sem matéria”, destacando também o seu primeiro livro, também ele lançado em 1958 denominado O Grito Claro. Durante estas décadas de cinquenta e sessenta, foi fundador e por vezes director de algumas revistas não só portuguesas, mas também espanholas, francesas e até mesmo brasileiras, organizando várias antologias, revelando-se assim por esta altura como ensaísta. A Capital, Artes e Letras, Comercio do Porto, Diario de Lisboa, Diario de Noticias, Diário Popular e O Tempo, foram alguns dos jornais onde António Rosa colaborou, ao nível de revistas, destaca-se a sua passagem pela revista Arvore entre 1952 e 1954, a revista Cadernos do Meio-dia entre 1958 e 1969 entre outras.

Tal como foi dito anteriormente, Antonio Ramos Rosa, cujo currículo em prémios é invejável, ganhou prémios bastante consagrados da literatura portuguesa mas não só, Prémio Fernando Pessoa, Premio Nacional de Poesia, Grande Prémio Sophia de Mello Breyner,  são alguns das dezenas de prémios ganhos por este escritor.
                 
A poesia experimental foi um ponto marcante na vida literária deste autor, participação com os seus poemas em livros como Poesia Experimental I, Hidra I, bem como suplementos escritos no Jornal do Fundão e na exposição na Galeria Divulgação são alguns dos pontos fortes deste artista no que toca à poesia experimental, e faz dele um dos artistas de renome também nesta área.

Livros, Obras, Poemas ou Encenações
  • 1958 - O Grito Claro
  • 1960 - Viagem Através duma Nebulosa
  • 1961 - Voz Inicial
  • 1961 - Sobre o Rosto da Terra
  • 1963 - Ocupação do Espaço
  • 1964 - Terrear
  • 1966 - Estou Vivo e Escrevo Sol
  • 1969 - A Construção do Corpo
  • 1970 - Nos Seus Olhos de Silêncio
  • 1972 - A Pedra Nua
  • 1974 - Não Posso Adiar o Coração (vol.I, da Obra Poética)
  • 1975 - Animal Olhar (vol.II, da Obra Poética)
  • 1975 - Respirar a Sombra (vol.III, da Obra Poética)
  • 1975 - Ciclo do Cavalo
  • 1977 - Boca Incompleta
  • 1977 - A Imagem
  • 1978 - As Marcas no Deserto
  • 1978 - A Nuvem Sobre a Página
  • 1979 - Figurações
  • 1979 - Círculo Aberto
  • 1980 - O Incêndio dos Aspectos
  • 1980 - Declives
  • 1980 - Le Domaine Enchanté
  • 1980 - Figura: Fragmentos
  • 1980 - As Marcas do Deserto
  • 1981 - O Centro na Distância
  • 1982 - O Incerto Exacto
  • 1983 - Quando o Inexorável
  • 1983 - Gravitações
  • 1984 - Dinâmica Subtil
  • 1985 - Ficção
  • 1985 - Mediadoras
  • 1986 - Volante Verde
  • 1986 - Vinte Poemas para Albano Martins
  • 1986 - Clareiras
  • 1987 - No Calcanhar do Vento
  • 1988 - O Livro da Ignorância
  • 1988 - O Deus Nu(lo)
  • 1989 - Três Lições Materiais
  • 1989 - Acordes
  • 1989 - Duas Águas, Um Rio (colaboração com Casimiro de Brito)
  • 1990 - O Não e o Sim
  • 1990 - Facilidade do Ar
  • 1990 - Estrias
  • 1991 - A Rosa Esquerda
  • 1991 - Oásis Branco
  • 1992 - Pólen- Silêncio
  • 1992 - As Armas Imprecisas
  • 1992 - Clamores
  • 1992 - Dezassete Poemas
  • 1993 - Lâmpadas Com Alguns Insectos
  • 1994 - O Teu Rosto
  • 1994 - O Navio da Matéria
  • 1995 - Três
  • 1996 - Delta
  • 1996 - Figuras Solares
↑ voltar ao início do texto ↑