José Bernardino Blanc

Nasceu em Lisboa, no dia 8 de Março de 1914, tendo falecido corria o ano de 2001, José Bernardino Blanc de Portugal, foi um poeta e critico musical do contemporâneo português. Licenciou-se em Ciências Geológicas, frequentando a Faculdade de Letras de Lisboa. Apesar das suas vivências estarem relacionadas sempre de acordo com a sua veia artística, fundamentalmente musical, José Blanc prestou serviços nos mais diversos sectores, trabalhando nos serviços meteorológicos em Angola e Moçambique entre 1955 e 1960, tendo sido também adjunto do conselheiro cultural da embaixada de Portugal no Brasil. Foi professor de Integração Cultura e Sociologia da Informação nos cursos de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes.
                 
A sua actividade principal, pela qual ele mais se destaca é a de critico musical, colaborando em várias publicações, nomeadamente Acção, Diário da Manha, Flama, Diário de Noticias entre muitas outras, trabalhando também na Emissora Nacional, onde começou a fazer as suas criticas ao nível da literatura. Como poeta, foi um dos fundadores e directores dos Cadernos de Poesia, corriam os anos cinquenta. Foram várias as oras e publicações que este poeta escreveu, O Espaço Prometido em 1960, Odes Pedestres em 1965, Descompasso em 1987, e muitos outros fizeram deste poeta, um dos poetas bastantes consagrados da época, adquirindo através destas publicações vários prémios, tanto ao nível da sua escrita como da sua critica, consagrando assim a sua vida literária.
                 
Nos seus textos e poesias, a religião proclama muito destaque, ocasionalmente ligando-se às sátiras, tornando-se assim uma temática densa, exemplos disso são as obras Anticritico em 1960 e Quatro Novíssimas da Música Actual em 1962. No que toca á poesia experimental e ao concretismo, José Blanc destacou-se na participação da publicação Jornal do Fundão, nomeadamente nos diversos suplementos publicados na época.