Mário Cesariny de Vasconcelos
Mario Cesariny de Vasconcelos, ou simplesmente Mário Cesariny, foi um dos principais, se não o principal influenciador do surrealismo em Portugal. Nasceu em Lisboa a 9 de Agosto de 1923, morrendo também na mesma cidade 83 anos mais tarde, a 26 de Novembro de 2006. Para além da sua história como surrealista, o seu trabalho é destacado também ao nível da antologia, tendo sido compilador e historiador por vezes muito polémico nas suas actividades surrealistas em Portugal.
Este poeta, apesar da sua vertente mais literária, estudou diversas formas de arte ao longo da sua vida, frequentado vários cursos não só ao nível da arte como pintura, mas também musicalmente, sendo considerado um talentoso pianista, actividade essa que acabou por deixar para trás devido a conflitos familiares. Foi por esta altura que começou a dar destaca a actividade e movimentos artísticos, começando pelo neo-realismo, seguido do surrealismo.
Em 1947, muda-se para Paris, onde estuda numa académica da cidade, conhecendo outros artistas, fundando um grupo surrealista conjuntamente com outros autores e artistas da época. Começa assim a dedicar-se mais directamente á pintura e também á poesia, dono de uma atiture estética de constante experimentação, as suas obras reflectiam na prática uma téncia de escrita e de pintura amplamente adoptada por parte dos surrealistas. Quanto à sua poesia, chega a ser classificada como animada por um sentido de contestação e comportamentos típicos de um ser relutante do surrealismo, onde consegue encontar o equilíbrio entre o quotidiano e o insólito.
No que toca à poesia experimental e ao concretismo, Mário Cesariny de Vasconcelos, participou na publicação Poesia Experimental I com algumas das suas obras surrealistas que sempre o caracterizaram. Outros exemplos de poesia são o livro publicado intitulado Antalogia do Cadáver Esquisito e também Planisfério e Outros Poemas, nos anos sessenta. Acabou por ganhar alguns prémios devido à sua vasta colecção de trabalhos, sendo por isso muito conhecido e muito consagrado no panorama nacional e internacional da arte contemporânea portuguesa.